Abaixo: 12 de maio de 2012. As flores começaram a cair, aramação quase pronta. algumas raízes mais altas do tatiagari foram cortadas. As duas que ficaram serão cortadas mais tarde. A frente da árvore tende a ser a da primeira foto abaixo.
Vista mais de cima dá para ver a confusão dos arames. Não sou bom nisso, mas está resolvendo. Usei arames de 1,8; 2,0 e 2,5mm.
Além de posicionar, distribuindo os galhos para ocupar espaços vazios e dar maior tridimensionalidade à copa, também tentei aproximar mais os galhos do tronco, deixando-os mais curtos e portanto a copa mais compacta. A foto de baixo é das costas da árvore, rodada para D.
Lado contrário: frente e E.
Aramada, limpa, de volta à coluna, em destaque até as flores acabarem.
Trabalho concluído, uma volta pelo quintal. As lagartas da hera (Ficus pumila) estão começando a se imobilizar e encolher para se transformarem em pupas. Vou deixar esta para acompanhar a metamorfose. Estou curioso para ver se irá atravessar o inverno e eclodir só na primavera.
Abaixo: uma olhada atenta mostra que as lagartas têm seus próprios problemas: parece estar sendo sugada por minúsculos mosquitos.
À primeira vista, achei que eram micro-himenópteros - há diversas vespinhas que botam ovos em lagartas, dos quais as larvas eclodem e se desenvolvem alimentando-se dos órgãos internos da lagarta, só saindo para empuparem e emergirem como "imagos", vespas adultas. No entanto, uma olhada em detalhe me leva a acreditar serem mesmo dípteros (ordem das moscas, mosquitos, borrachudos, etc....).
Minha máquina não tem lente macro, e ainda por cima tenho tremor essencial nas mãos: um desafio conseguir imagem. As fotos a seguir são um milagre, com ajuda do paint-brush para recortar
O dedinho do Gio aponta uma pelota de cocô de lagarta no chão. Deve haver outras ainda se alimentando.
Nem só cocô de lagarta se vê por ali. Uma florinha (na verdade, um cacho de flores, cada uma com cerca de 1mm de diâmetro) emerge dentre a hera do muro. Trata-se de Polygonum capitatum, uma exótica há muito espalhada pelo sudeste do Brasil, encontradiça em fendas de muros e calçadas. Segundo LORENZI E SOUZA, 2003, p. 907), é originária do Himalaia e India.
Tenho deixado se desenvolverem, para tentar um kusamono. Em 2007 vi vaso delas no viveiro do sensei Hidaka. Não ficou mal, embora as folhas de 3 a 6cm exijam vasos grandes demais para acompanhar a maioria dos bonsai. Observe a mancha em "V" escuro no dorso das folhas, característica. No verão o muro fica cheio dessas florinhas, que gostam de sol pleno. Uma "invasora" delicadíssima.
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