Juniperus horizontalis, "jacaré" ou "tuia jacaré", são nomes cientifico e comuns dessa conífera. Difícil afirmar se essa identificação, obtida com um proprietário de viveiro de mudas, procede.
Apresento a evolução de uma planta desde quando foi adquirida de comerciante de bonsais. A primeira foto abaixo é da época de aquisição: março de 2007.
Abaixo, em junho de 2007, colocada em vaso com um pouco mais de espaço. Cometi erro grave: a planta ficou mal amarrada no vaso, nos meses seguintes começou a definhar (qualquer ventinho abalava as raízes capilares, esse estresse contínuo debilitou a planta).
São dezenas as espécies do gênero Juniperus. Schoech (editor, 2007, p. 1) cita "entre 50 e 67 espécies, dependendo de com quem se fala". Nishiyama e Miquel, na tradução que fazem do Shinkikaku-sha (ao que parece, originalmente publicado em 1987, com contribuições de vários autores japoneses), cita diversas variedades de Juniperus rigida. Nenhuma das espécies do gênero é nativa do Brasil, onde são usadas em jardinagem há mais de 50 anos (informação pessoal do Tio Hugo, em Brasília, em 2008, que as viu na cidade de Viçosa - Minas Gerais -, nos anos 1950, e confirmada em flora de Curitiba, Paraná, em 2010).
Segundo Lorenzi (2003, p. 70), a espécie aqui ilustrada - J. horizontalis -, é oriunda dos Estados Unidos, sendo cultivadas no Brasil as variedades douglassi e variegata.
O porte pequeno e a tendência a crescer rente ao chão ("arbusto prostrado") forma troncos com movimento, mas raramente com mais de 10cm de diâmetro, mais propícios a mame e shohin-bonsai. Não é incomum obter bom material para bonsai em "yamadori urbano", a partir de plantas de jardins, principalmente nas cidades do sul e sudeste do Brasil. Vi centenas de plantas em jardins públicos no Uruguai (ex.: Punta del Este), muitas delas excelentes pré-bonsais.
Abaixo: setembro de 2007, visivelmente fraca. Para começar, foi fortemente imobilizada no vaso. Além dos cordões externos, um arame foi passado firmando o torrão no vaso.
Abaixo: outubro de 2010, lenta recuperação. A cor melhorou, e havia acabado de passar por pinçagem e re-aramação. Parte interna do nebari vivo junto ao início da curva do shari teve perda de raízes que morreram, precisando ser removidas e a madeira morta tratada. Estava indo bem, mas o ápice começou a ficar desproporcionalmente forte em relação ao resto da planta.
Abaixo: fevereiro de 2012. À custa de adubação abundante e pinçagem repetidas, a ramificação começa a melhorar. Aramações foram várias. A planta sempre amarrada no vaso. O ápice foi reduzido para redistribuir a força para os galhos mais fracos.
Abaixo: 20 de maio de 2012. Evoluindo. Agora é deixar encher a copa e ir pinçando apenas onde a força estiver muito concentrada, distribuindo a seiva da planta mais homogeneamente. Está saudável, apesar de pouco frondosa. Já dá até para pensar em voltar para vaso menor, para valorizar mais. Isso deverá acontecer no final do inverno, lá pelo início de setembro.
Altura: 31cm; nebari: 6cm. Altura/nebari = 5,2. Com isso (altura entre 25 e 35cm), pertence à categoria é "kifu-bonsai" (Albek e Schoech, 2007, p. 7). O estilo é moyogi, e o tronco parte com madeira morta exposta ("shari").
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