terça-feira, 19 de junho de 2012

Calliandra vermelha - primeiro vaso

Há duas espécies de Calliandras vermelhas muito parecidas entre si: Calliandra tweedii e Calliandra hematocephala (a qual alguns autores consideram espécie diferente de C. inaequilatera. Nesse caso seriam três as espécies com flores vermelhas). A primeira tem os folíolos bem menores que a(s) outra(s): suponho que a destas fotos seja C. tweedii.

Trago o primeiro transplante de uma árvore, cuja trajetória foi: adquirida em flora como muda em 2006, ficou no chão por 3 anos (o crescimento é lento), em 2009 foi colocada em vaso grande, em 2010 em cuia onde ficou até hoje.

Abaixo: close da inflorescência (chamada de "capítulo", cada haste vermelha é um estame, das flores pequenas que ficam no centro).


Abaixo: nesta cuia, em substrato com bastante matéria orgânica, a planta vem se desenvolvendo bem, com florações duas a três vezes ao ano. Gosta de pleno sol.

Normalmente se espera a primavera para os transplantes (como quando foi retirada do chão, em outubro de 2009). Esse ano o outono em BH está anormalmente úmido e, nesta semana, as temperaturas estão acima de 25º C, com previsão de continuarem assim por mais uma semana. Sendo assim, me animei, pois estou ansioso para ver as flores em contraste com o azul do vaso. Temperaturas abaixo de 23º C são pouco compatíveis com desenvolvimento de raízes novas (uma estaca, por exemplo, pode não enraizar se a temperatura estiver abaixo disso). Por via das dúvidas praticamente não mexi nas raízes.

Abaixo: detalhe do tronco, com leve movimento. Os galhos ainda não começaram a ser selecionados, e receberam aramação leve no ápice (para dar movimento) e nas laterais, para não se voltarem para cima.


Abaixo: a planta foi apenas retirada da cuia de plástico e acomodada no vaso novo (feito pelo Izume em seu ateliê de Atibaia, SP, de onde foi trazido em fevereiro de 2007), com quase nenhuma poda de raízes.

Abaixo: Leandro enfrentou o quebra-cabeça de selecionar alguns galhos. Foi uma pena ter de retirar galhos que tinham botões em desenvolvimento. Mas não dava para deixar tudo, pois a força da planta precisa ser direcionada para os galhos que queremos formar.

Abaixo: a planta após retirada de alguns galhos, todos ainda muito finos e novos. O ápice precisa ser deixado crescer bem forte, para corrigir a conicidade, praticamente inexistente: é quase só um toquinho com galhos finos, que acaba de repente.

Abaixo: muito longe ainda de ser um bonsai. Espero que se forme cúpula, em forma de cogumelo, caindo levemente nas laterais do vaso, e que se encha de flores. Por enquanto só posso imaginar. Muito adubo e cuidado, mais uns três ou quatro anos de cuidados intensivos e tem chance de ficar muito legal. Plantas de flores em bonsai têm o direito de terem os galhos que, em outros casos, não seriam aceitos, como galhos cruzando na frente do tronco. As flores são prioridade.

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