sábado, 1 de setembro de 2012

Bosque de Calliandras - reforma

Acima: este bosque de Calliandras já está plantado há alguns anos (vide postagem anterior). A foto acima é de maio de 2012. Agora resolvi fazer o transplante e aproveitar para mudar um pouco.
Acima: ao retirar da bandeja, dá para ver que as raízes de todas as árvores se emaranharam e o torrão virou uma manta maleável. A primeira coisa a fazer é separar as árvores uma a uma, com gancho e tesoura grande para ir cortando as raízes. Se se tentar separar as árvores puxando, danifica-se muito as raízes.


Cada árvore separda do torrão é colocada em prato com água, para não secar enquanto o trabalho de desmanchar o torrão velho continua. Depois de todas as árvores terem sido separadas, foi feita uma poda leve retirando galhos cruzados e outras posições inadequadas. Calliandras não gostam de podas fortes e podem secar galhos  ou morrer quando totalmente desfolhadas. Se fosse, por exemplo, um bosque de Ulmus, seria melhor desfolhar totalmente todas as árvores para o replante.
Uma por uma as árvores tiveram as raízes lavadas e ligeirmente podadas (raízes muito grossas ou compridas). No entanto, conhecendo a susceptibilidade de Calliandras a podas fortes, e considerando que ainda não sabia qual seria a nova posição, quase não cortei raízes (nem no comprimento), de modo a fazer esse ajuste apenas depois de definida posição no novo bosque e quais raízes de fato sobrarão.
Preparos: sfagno úmido e plantas já lavadas e podadas (acima), e (abaixo) grande "slab" - pedra Ouro Preto - lavado e aguardando o começo, posicionado em local à sombra, onde o bosque ficará por umas 2 a 3 semanas, até se estabilizar.

Abaixo: testando composição. Gostei muito desse efeito com a pedra grande, os desniveis das pedras, do solo e alturas diferentes das árvores. No entanto, o peso do bosque iria ficar muito alto (mais de 120 Kg), difícil de ser deslocado depois para o local ao sol. Vou deixar essas composições mais elaboradas, com rochas, para o futuro, e fazer uma composição agora com o mínimo de pedras possivel para reduzir ao máximo o peso total final.

Acima: para termos vista de como estava ficando, tivemos de posicionar de forma a termos espaço para olhar de longe (uns 4-5 metros de distância). Assim ficam mais evidentes os efeitos da composição toda.
Acima: a camada de substrato que vem cobrindo as raízes é de granulação mais fina e com matéria orgânica misturada.
Por último, uma camada de sfagno úmido, para proteger as raízes de dessecação nessa fase pós-transplante. Ganha também uma rega com Superthrive. Calliandras fecham as folhas à noite e quando perturbadas. Vamos ver se vai abrir normalmente amanhã de manhã: se abrir, bom sinal. Se não abrir, é sinal de estresse e perturbação grave, vai levar mais tempo para reagir, e valerá a pena mais uma rega com Superthrive. Adubação só depois que começar a brotar de novo. Manter úmido
A casinha de pedra ficou muito escondida. Acabei retirando. Não faz falta.

Acima: Lado E do bosque (direita da foto acima) ficou com vista melhor que de frente. Isso não é incomum: às vezes, o melhor ângulo (mais bonito) não é a frente da composição.

Abaixo, o dia seguinte. O corredor atrás da casa recebe um pouco de sol da manhã (umas duas horas, entre 7 e 9h),   muito bom para aquecer um pouco o substrato. Dá para ver nas fotos abaixo que as folhas se abriram, como é normal: ótimo sinal. Essas fotos do dia seguinte também mostram o outro ângulo (lado D do bosque, esquerda da foto).


Abaixo: logo após a rega, foto sem flash. Dá para ver, além da estrutura das árvores (grau de trabalho de ramificação que foi feito nos últimos anos), também os defeitos a serem melhorados: onde faltam galhos e mesmo posicionamento melhor dos troncos. Por exemplo, a primeira àrvore à D do observador está inclinada e precisa ser alinhada verticalmente (dá impressão de estar caindo, e essa sensação perturba a tranquilidade que o bosque deve transmitir).

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