sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Plantas roubadas

Tive duas plantas roubadas durante a noite passada. É a terceira vez em 5 anos. Que dureza!

Uma delas planta muito querida, a cereja do Rio Grande Shohin, abaixo. A outra também estava ficando muito boa - uma casuarina (cuja foto, abaixo, é de fevereiro deste ano: já estava muito mais cheia e galho à D crescendo bem).




Chamei a polícia militar, se limitou a perguntas de meus dados, quase nada sobre o roubo em si. Ofereci as fotos para serem anexadas ao boletim de ocorrência: "o sistema não tem como incluir foto". Mostrei a trilha no chão, de substrato (a casuarina foi arrancada do vaso, deixando rastro de substrato), que virava a esquina - as pedrinhas são caco de tijolo, fácil de ver no passeio e no asfalto, e também há carvão triturado, mesmo uma pedrinha a cada 3-5 metros deixa trilha, e o gancho de vergalhão pintado e com marcas de dedos sujos, que foi usado para "pescar" as plantas através das grades do muro, e as marcas de mãos nas grades, tentei contar sobre rapaz que há dois dias percebi observando as plantas detidamente, através das grades: "não faço investigação, isso é com a polícia civil, se vc quiser eu te deixo lá para vc pedir para investigarem. Sinceramente, não compensa nem ir lá, não vão investigar, não estão investigando nem homicídio, não tem contigente nem condições de trabalho".". Contou que grande parte dos crimes não estão nem sendo registrados - o que para o governador é ótimo: as pessoas desanimaram de procurar a polícia, assim menos crimes são registrados, a taxa de criminalidade cai.

Fiz cartazes e levei a três floras próximas: todas já foram roubadas várias vezes, nenhuma se dá mais ao trabalho de formalizar queixas à polícia. Lindos números, governador! Ótima estratégia: é só as pessoas desistirem de pedir ajuda da polícia que os números de crimes registrados caem! Entendi o tal "choque de gestão": é como produzir números.

Felizmente a técnica de como cultivar e conseguir bonsais não é "roubável" de mim. No máximo copiável, ao que não tenho restrição alguma.

Estou elaborando minhas alternativas, parece que uma delas seria passar a cultivar apenas bonsai grandes, difíceis de carregar. No momento pus plantas à venda (feira no Minascentro), vou suspender retirada de plantas que estão no chão (iriam ser trazidas para começar a trabalhar), fazer doação das cryptomérias (que não estão indo bem, melhor mesmo mandar para alguém que tenha mais sorte e ambiente mais favorável), e repensar a situação.

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