domingo, 26 de fevereiro de 2012

Junipero Ishizuke

Juniperus horizontalis, "jacaré" entre bonsaístas brasileiros.
Esse foi adquirido em flora. Primeira poda e amarrado na pedra em agosto de 2011.
Recuperou-se muito bem, como se vê pela brotação. Hora de dar o próximo passo e fazer a primeira aramação.

Abaixo: 25 de fevereiro de 2012. Antes de começar o trabalho, em grande (e muito pesado) vaso de granito. Dá para ver o plástico usado para conter as raízes ao redor da parte de cima da pedra (em baixo elas são deixadas livres).

foto 1: "de costas"


Fotos 2 e 3, abaixo: frente e um pouco lateral, respectivamente.


Foto 4 - Noite de 25 de fevereiro de 2012. Lua crescente.

Manhã do dia 26 de fevereiro. No dia seguinte ao trabalho, vamos ver como ficou (fotos 5 a 7) depois de seleção de galhos, posicionamento em outro vaso (ainda muito grande e de treinamento), aramação, colocação de musgo para proteger as raízes em formação (e melhorar a aparência).
Foto 5: frente (por enquanto)

Han-kengai (semi-cascata), ishizuke (na pedra), shohin (cerca de 20cm de altura: ainda está parcialmente coberto pelo musgo, a altura será maior quando as raízes forem expostas), com "jin" (galhos transformados em madeira morta).

Fotos 6 e 7: angulos da frente e costas.

Dentro de um mês a madeira morta poderá ser tratada com calda sulfocálcica. Agora vai ficar em meia sombra até recomeçar a brotar.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ulmus chuhin

Ulmus parvifolia é chamado apenas de "ulmus" em português. Alguns autores em língua inglesa se referem a ele como "lacebark elm". Em japonês é chamado "nire", embora esse nome possa ser mais adequado à espécie U. davidiana, variedade japonica.

Acima: 12 de fevereiro de 2012. Altura 52cm; nebari 22cm. Altura/nebari=1,55.

Para significado de "chuhin", veja a postagem "kaede chuhin".

O segundo galho (primeiro à D) foi enxertado. Veja abaixo como ainda existe marca do galho trazido à posição, foto também em 12/fev/2012.



Abaixo: 12 de outubro de 2010. Formando galhos.


Abaixo: outubro de 2009.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Viveiro 1 - bonsai backyard

Fotos do viveiro dão idéia das condições de cultivo. O título em inglês é para facilitar localização pelos colegas de outros países que estão visitando o blog (thanks for visiting, guys. Hope the pictures will compensate the lack of english text. Please feel free to contact me).


Bancadas da frente da casa. A grade branca está do lado norte e o sol cruza ao comprido sobre as bancadas, forte o ano todo. O sombrite reduz a luz em 10%. É essencial, considerando as tempestadas de granizo que têm sido cada vez mais comuns no verão. Em 2008 uma tempestade dessas, com apenas 20 minutos, destruiu duas plantas e danificou várias. As plantas, inclusive as coníferas, ficaram muito mais saudáveis sob o sombrite. Foi trabalhoso deixá-lo bem esticado, mas Fafá não deixaria ficar na frente da casa se ficasse feio. Na verdade ficou muito bom.

Abaixo: 13:44 de 6 de abril de 2012, tempestade de granizo (a terceira da estação) deixou esse acúmulo de pedras sobre o sombrite. Se tivesse caído diretamente sobre os mame-bonsai, o dano teria sido grande. Só com essa ele se pagou. Essa quantidade acumulada não reflete a quantidade real, pois o vento muito forte sacudiu violentamente o sombrite retirando a maior parte. A foto foi feita uns 20 minutos depois que a tempestade parou.



Abaixo: mesmo local, outro ângulo.


Abaixo, as orquídeas (onde são cultivadas inclusive as "mini"). Eu estava checando vasos pendurados. A gaiola foi presente do Fernando Avelar, mas não fiquei com ela muito tempo: não sei cuidar, achei melhor repassá-la para criador mais experiente.


Abaixo uma das bancadas dos mame e shohin, ao lado da piscina (quintal dos fundos), em frente às orquídeas vistas na foto acima.


Abaixo: visão noturna (na verdade, eram 5:45 da manhã, saindo para o trabalho), de costas para a bancada da frente da casa (direção oeste). Lua cheia no final da noite, céu com névoa suave.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Ficus na pedra

Bonsai com as raízes envolvendo pedra caracterizam o estilo Ishizuke (Naka, 1985).
Abaixo: 11 de fevereiro de 2012: em vaso espaçoso para ajudar a se desenvolver. E ficou bem. Dimensões: Altura 29cm; nebari 28cm (quase 1:1).

Esta planta é um Ficus (em Minas chamamos as figueiras nativas, árvores que podem ser muito grandes, de "gameleiras"). Veio de Brasília, no final de 2007. Não tenho detalhes sobre seu cultivo antes disso. A cicatriz do tronco ficava nas costas. No entanto, o nebari é mais bonito do lado oposto (frente atual), o que me levou a retrabalhar a árvore e, principalmente, tentar uma cicatrização.

A seguir é mostrada a evolução da planta a partir da inversão da frente, começando pela limpeza da cicatriz que tinha madeira semi-apodrecida, que teve de ser retirada, desinfetada (com água sanitária e álcool absoluto) e então a cavidade parcialmente preenchida com resina epóxi ("durepox"), deixando profundidade suficiente para que a casca, ao cobrir o buraco, não forme "calombo".

Abaixo: duas fotos ("a" e "b") em 9 de fevereiro de 2008. Limpeza e curativo na ferida do tronco.
a)Após limpeza da madeira apodrecida que forrava a ferida e desinfecção.

b)Curativo de resina epóxi colocado. A borda interna da resina foi (em seguida a esta foto) removida com estilete, dando acabamento e para facilitar crescimento da casca por cima.
Observe como as raízes eram mais finas e o segundo galho (primeiro à D) também pouco desenvolvido. A tendência é as raízes coalescerem, fundindo-se em grande placa ao redor da pedra sobre o solo. Isso permitirá também aumentar o tamanho da copa, talvez até uns 35 cm de largura, o que será mais compatível com o aspecto das gameleiras.

Abaixo: 12 de outubro de 2010. A ferida começa a cicatrizar. Iria mais rápido se eu deixasse a planta sem podar a copa, mas o formato de árvore e o trabalho já começado nos galhos se perderia. A última foto é do mesmo dia, de frente.



Kaede chuhin

Kaedê (pronúncia em portugues de Kaede) = Acer buergerianum. Em inglês "trident maple", devido às folhas trilobuladas. É uma das espécies clássicas do bonsaísmo japonês. Em português também se usa "ácer tridente". A vantagem do nome japonês é a sua especificidade.

Trago o desenvolvimento de um "kaede chuhin-bonsai". "Chu" significa "mediano"; "hin" significa "produto" ou "coisa", nesse caso, a expressão é usada para bonsais entre 30 e 60cm de altura (Albeck e Schoech, 2007).

Comprado como material bruto do Sr Vicente Romagnole (Paraná), foi escolhido com ajuda de Liporace de um pequeno lote de plantas com cerca de 12 anos de cultivo no chão, trazidas a Minas em 2008 (ou seja, estaca plantada no chão por volta de 1996).

Abaixo em outubro de 2010, quando já havia sido "encurtado" - foram retirados cerca de 25cm de altura, para acentuar o movimento e dar conicidade à parte final do tronco - e os galhos selecionados para começar nova copa estavam começando a crescer. As grandes cicatrizes são de galhos grossos que foram retirados.


Abaixo, mais fotos de 2010, por outros ângulos, permitem ver as grandes áreas de cortes a serem cicatrizadas. Mesmo em estado bruto já era imponente pelo nebari, grossura e movimento do tronco, que foi posicionado de forma a que o ápice, ao se formar, fique próximo ao centro de gravidade da árvore. Isso dá sensação de estabilidade ao bonsai e transmite segurança ao observador.


Abaixo: grande área, vista de cima e do lado D posterior da planta, de onde foi cortada a parte final do tronco para deixar a árvore mais baixa.

Abaixo: 11 de fevereiro de 2012. Os galhos estão se formando. Está plantada em grande vaso de treinamento para melhorar o nebari e ter espaço para se desenvolver (quanto mais espaço, mais raízes ciliares, mais rápido o desenvolvimento).


Abaixo: mesmo dia, em desfolha, já permitindo ver galhos a serem corrigidos. Além de retirar galhinhos desnecessários ou "incorretos" (ex.: que crescem diretamente para cima, para baixo ou cruzando a frente da árvore), as pontas de galhos e os arames velhos  também são retirados.

Abaixo: cerca de duas horas de trabalho depois, desfolhada e re-aramada, os galhos selecionados e posicionados. Agora é esperar pelas novas folhas e ir refinando a ramificação. O ápice tem muitos galhos, além do "galho de sacrifício", deixado para fortalecer a cicatrização e melhorar a conicidade da parte final. A cicatrização completa levará uns cinco anos. Altura (sem o galho de sacrificio): 49cm; nebari (parcialmente enterrado): 28cm e melhorando. Quando o galho de sacrifício engrossar, será possível fazer um novo ápice e talvez retirar alguns galhos da "coroa", além de aumentar uns 8-10cm na altura total e deixar o ápice alinhado ao centro do nebari.


Detalhe: a árvore está acomodada sobre tabuleiro de alumínio com 50x30cm, colocado dentro do vaso, a uns 6cm abaixo da superfície do substrato, para ir melhorando o nebari: as raízes são forçadas a crescer sobre o tabuleiro e a "dar a volta" sobre as bordas, para aproveitar o espaço disponível dos lados e abaixo (o vaso tem 25 cm de altura e cerca de 120X70cm. Com tanto substrato e adubo (quase um kilo de adubo orgânico a cada 3 meses, fora o foliar semanal), não é preciso ter pressa em tirar a planta deste vaso de treinamento, embora seja necessário conferir se as raízes não estão se cruzando ou ficando fortes de maneira desiquilibrada, por exemplo, de um lado só. Os galhos ainda estão muito "achatados", e irão ganhar tridimensionalidade para termos patamares de folhas parecidos a "nuvens" separadas.

Abaixo: outro ângulo e um pouco mais longe. A mão segurando a toalha é do Leandro, bonsaísta habilidoso (ele irá aparecer em outras postagens). O vaso é de granito, o peso total passa de 150kilos. Felizmente não tem sido necessário mudar de lugar ou virar: os galhos estão todos recebendo luz e se desenvolvendo bem. O galho mais comprido à E (primeiro galho) tem parte de sacrifício, deixada para engrossá-lo (pela grossura do tronco, será necessário que o primeiro galho tenha pelo menos uns 3cm de grossura). Quando for colocado em vaso apropriado (felizmente não preciso ter pressa, pois não tenho vaso oval colorido no tamanho necessário), a altura do torrão (e do vaso internamente) será de uns 12 cm (menos da metade do nebari). O peso total será de cerca de 20kg. Naka sugere que a largura da copa seja aproximadamente 2/3 da altura, mas com um tronco desses, estou tentado a deixar a copa bem frondosa (inclusive mais alta).
Obs.: o bambuzal ao fundo à E será tema de outra postagem.

Abaixo: 3 de março 2012. Apenas 21 dias depois as folhas já voltaram, hora de pinçar (metsume).

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Cereja do Rio Grande - "mame-bonsai"

Trata-se de fruteira silvestre, gênero Eugenia, a espécie ainda não estou certo. Adquirida em flora como muda para pomar, em fevereiro de 2007, com cerca de 50cm de altura. Prefiro dizer "pitanga", já que as pitangas são brasileiras do mesmo gênero e família (myrtaceas), enquanto as cerejas asiáticas pertencem a outra família. É claro que respeito (e uso) a nomenclatura regional (sul do país, forte presença européia, de onde são nativas). "Cereja do Rio Grande" tem hegemonia, mesmo em livros de frutas brasileiras (ex.: Lorenzi, Bacher, Lacerda e Sartori, 2006).



Acima: 4 de fevereiro de 2012. Altura 11cm, nebari 7cm; Alt/neb=1,71. Nesse vaso ficou um pouco mais alta e o nebari mais exposto.



Acima: outubro de 2011. Vaso muito bom, embora um pouco grande.

Esta cerejinha é mame-bonsai, como bonsais por volta de 10cm de altura são chamados ("mame" significa "grão", ou "pequeno", e a pronúncia é "mamê"). Ela oscila entre 10 e 12cm, conforme a poda e a altura em que é plantada no vaso.


Acima: 12 de outubro de 2010. Gosto muito deste vaso, mas achei melhor dar a ela mais espaço para abrir mais o nebari e nutrir melhor os galhos que estavam se formando. Ainda não sei qual o melhor vaso para essa planta.


Acima: 24 de outubro de 2009.

Dois anos depois da poda radical, primeira aramação, vaso de treinamento com nebari exposto para ver quais raízes deveriam ser mantidas. Algumas delas, saindo do tronco, foram eliminadas já nesta época. Sem os galhos era um toquinho bem feioso. Essa espécie não gosta de desfolhas totais e pode demorar muito a se recompor após podas mais drásticas.

Abaixo: 3 de setembro de 2009. Uma foto de boa qualidade quando a planta ainda era muito tosca.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Micro orquídeas em bonsai

Uma grande árvore de floresta tropical, com epífitas floridas.



bem, nem tão grande... Ao fundo, vasos de orquídeas contribuiram com raízes pendentes. Abaixo, o dedo serve de referência da escala do tamanho das flores. Essa flor tem cerca de 3mm.



Acima com visão do vaso. Se fosse colorido talvez ficasse ainda melhor. Dimensões: altura 25cm; largura total da área das raízes expostas ("nebari"): 13cm. Relação altura/nebari = 1,92.

Abaixo, uma visão contra fundo mais limpo permite distinguir duas espécies de micro-orquídeas com flores. Fotos adiante mostram detalhes. A amarela abundante suponho seja Acianthera sonderiana.



Detalhe do tronco: sem limpeza, a casca cria nichos melhores. Acima à E últimas flores de outra espécie - talvez Octomeria sp, que na foto abaixo está no centro. A próxima foto abaixo permite ainda ver a outra micro, ao fundo e à D, levemente desfocada, acima da moita florida.



Para chegar a isso, longo caminho:

A primeira etapa foi conhecer as micro orquídeas e tentar cultivá-las (veja-se a postagem "kusamono", que mostra alguns vasos). Aqui se usa a expressão "micros" para orquídeas que têm não só as flores com menos de 2 cm, mas também as folhas são pequenas e em escala ao menos aproximada à dos bonsai. As micro selecionadas têm flores com no máximo 1cm.

A seguir (abaixo) algumas espécies cujo cultivo foi tentado.

Phymatidium sp


 Isabelia sp

ainda não identificada


A segunda etapa foi tentar o cultivo das que se deram melhor (pouquissimas - cerca de 8 espécies - duraram mais de um ano fora da estufa) no tronco de bonsai. Duas espécies de bonsai mostraram bons resultados: Buxos e serissas. Abaixo, a mesma serissa quando era um pré-bonsai (a frente depois foi invertida - abaixo aparece de costas e com os ramos que iriam formar a copa aramados para a D do observador).


No pré-bonsai acima os galhos grandes, depois de poda drástica para formar nova copa, não foram transformados em jin, nem a casca foi retirada: a madeira apodrecendo ajudou a criar ambiente favorável ao enraizamento, que é inibido pela calda sulfocálcica, usada para preservar madeiras expostas.

Abaixo a mesma planta, uns 3-4 anos depois, em ângulo aproximado ao da foto acima, quando era pré-bonsai. A muda de orquídea que aparece na fota acima, à D, não sobreviveu.


Foto acima: bom enraizamento na madeira morta sem limpeza e sem tratamento. O equívoco de plantar as micros em madeira tratada me custou muitas mudinhas de orquídeas no passado.


Abaixo: fase intermediária, outubro/2010, cinco anos de cultivo das micros. O bonsai tinha galho à direita, que se quebrou quando tentei aramar de forma desajeitada, evitando machucar as micros. Aramação se torna um problema, tentativas de ancoragem nem sempre dão o efeito desejado. A perda deste galho me obrigou a inclinar a planta para o lado D (do observador) para compensar um pouco o vazio. A copa foi feita de forma a propiciar sombra quase completa às micros. Uma das vantagens das Serissas é tolerar um pouco de sombra, o que ajuda no cultivo conjunto com as orquídeas.





Abaixo: exemplos de orquídeas bem estabelecidas em plantas, na fase de estudo de adaptação das micros às Serissas. Esse grande bonsaí acabou virando fonte de mudas.

Mesma planta do detalhe acima: duas espécies de Pleurothallis, uma Acianthera sonderiana (e uma suposta Octomeria) sendo cultivadas em tronco de pré-bonsai de Serissa.

 A terceira etapa foi o cultivo conjunto: como manter as micro nos bonsai, os quais precisam de cuidados para estilização e cultivo, nem sempre amigáveis às hóspedes.

Abaixo: este bonsai de Serissa trabalhado como "raiz exposta" foi o que deu melhores resultados estéticos e de cultivo. A boa adaptação das micros (três espécies, sendo que a à E do observador já está apenas com as hastes de floração passada) é evidenciada pela floração abundante. Nestas fotos o bonsai estava precisando de aclareio...



Acima: mesmo vaso das fotos de início, antes de poda de aclareio e colocação de musgo. A copa vem sendo deixada mais cheia para prover sombra para as orquídeas.

A descrever em novas postagens:

A fase inicial: prendendo ao tronco
Adubos - peters e foliares
Calda sulfocálcica
exposição ao sol
regas
limpeza dos troncos e podas dos bonsai
aramação de galhos
transplantes
o comportamento das epífitas na relação com a casca e o tronco
mais de uma espécie, "seleção natural".
espécies mais exigentes (Capanemia - próxima etapa - perdi muitas sem tentar colocar em bonsai, será que vale a pena tentar?...)

Pen-jing: quando as orquídeas compõem paisagem, não necessariamente como epífitas.



Acima: Maxillaria (possivelmente M. cogniauxiana) em pedra e uro de Ulmus. Na fase inicial, foi usado pequena quantidade de sfagmo para prender as orquídeas às cavidades entre o tronco e a pedra. Note-se o musgo, sugerindo humidade. Indo bem.
Esse Ulmus poderá ser visto na postagem "Ulmus na pedra".
O ambiente de cultivo - árvores de meia sombra, bosques, etc.
uso de "sombrite".


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