Kaizuka

Juniperus chinensis (variedade "kaizuka") traz o desafio de adensar a massa verde: as agulhas tendem a formar raminhos filiformes, com vários centímetros de comprimento, que precisam podas e pinçagem repetidas. O resultado é que acaba ficando um ano feia, com a folhagem muito rala, enquanto se recupera da pinçagem, e outro bonita, quando os raminhos crescem de novo, até precisar serem reduzidos outra vez.

Na sequencia, a evolução de uma planta, atualmente na fase feia, quando resolvi mudar completamente a planta.

Abaixo: primeira estilização, em 20 de março de 2007. A mesinha era muito pequena para o vaso.

Abaixo, três meses e muito adubo depois, os galhos se encheram mais: junho de 2007, no tokonoma, em companhia de suiseki (pedra da chapada Diamantina) e kusamono (uma ciperácea pequenina). O ápice estava mais forte que os galhos.

Mesmo dia, isolada para ver em mais detalhes.

Abaixo: outubro de 2010. Colocada em vaso maior para estimular crescimento, brotaram galhos estratégicos que me permitiram começar a imaginar uma transformação da planta, originalmente muito formal, com pouco movimento dos galhos. Veja o broto do primeiro galho à D. Havia também brotos para o segundo galho D, um brotinho ainda muito pequeno de frente e um no ápice, junto ao shari. O galho que originava o ápice era ainda muito reto e longo (precisava disfarçar trazendo galhos secundários de cima para baixo e frente do "pescoço"). Veja também que a parte do shari em contato com o substrato estava apodrecendo.

Abaixo: março de 2012 (mesma foto da postagem "shari e fungos"). O primeiro galho da direita estava se desenvolvendo bem, assim como os outros brotos candidatos a substituir os galhos e ápice.

Abaixo: 12 de maio de 2012. A transformação começa reduzindo a massa verde dos galhos que serão subsituídos, para dar força aos novos galhos. Mas não dá para cortar totalmente os velhos, pois preciso deles para manter a força da árvore.

Abaixo: o ápice foi quase todo transformado em madeira morta (que ainda vai precisar de trabalho para esculpir e posicionar). O longo broto crescendo paralelo à ponta do shari vai ser aramado quando estiver mais forte, usando brotos secundários para galhos de fundo e lateral no ápice. Idem para os galhos â D e de fundo, que serão reposicionados. Apenas o primeiro galho à E, por enquanto, se mantém original. Vai levar anos para ficar bonita de novo. Algumas transformações demoram. Um dos trabalhos a ser feito é limpar a madeira podre junto ao substrato, para ir formando um tronco oco. No final de agosto será retirada do vaso, limpa e nova postagem mostrará evolução. Concluindo, foi borrifada com Superthrive, e dois dias depois já recomecei adubação foliar.